Redactores: André & Rita

Colaboradores: Leonor, Rodrigo, Beatriz, Matilde

sexta-feira, 20 de março de 2009

Sal no pão - Almaceda e Salgueiro

«(...) Após confeccionado o pão deve ter apenas “o teor máximo de sal permitido”, que é de 1,4 gramas por 100 gramas de pão, ou seja, 14 gramas de sal por quilo de pão. É esta a principal proposta de um projecto de lei apresentado sexta-feira, dia 13 de Março, na Assembleia da República pelo Partido Socialista, por concordar que o pão português “tem, em média, muito mais sal que o pão dos restantes países europeus”.
Actualmente, segundo o documento aprovado, há grande diversidade na quantidade de sal utilizado no pão nas diversas zonas do país, mas “o pão português de maior consumo, o chamado pão ‘normal’, possui entre 18 a 21 gramas de sal por quilo, ao passo que o ‘pão integral’ tem uma média de 15 gramas”, ainda acima do proposto.
O projecto de lei considera também que a informação nos rótulos dos alimentos pré-embalados para consumo humano deve ser bem visível e de fácil leitura, “objectiva, simples, que inclua dados sobre a quantidade relativa e absoluta de sal na embalagem”.
(...)
Este é também um tema que não preocupa Teresa Preta, da Padaria do Salgueiro, que tem, segundo indicação da Delegação de Saúde de Castelo Branco, “um dos pães com menos sal no concelho, pois tem apenas 8 gramas de sal por quilo de pão”.
O pão do Salgueiro “é conhecido, há muitos anos, por ser um pão quase sem sal e as pessoas gostam e continuam a consumi-lo”. O único senão “é termos de começar a fazer o pão mais cedo que nas outras padarias, porque por ter menos sal e menos fermento, é um pão de espera, demora mais tempo a ficar pronto”.
(...)
Gradualmente também tem sido a redução de sal no pão feita pela Padaria de Almaceda. Filipe Nunes Vaz adianta que já reduziu o sal “por indicação da Delegação de Saúde, estando agora nos 16 gramas por quilo”, mas admite que “esta redução não pode ser feita de forma abrupta, porque isso tem implicações não só no sabor do pão, como ao nível da própria cozedura. Se a lei diz que tem de ser assim, tudo bem, mas vamos fazer as coisas de modo a não prejudicar a qualidade do pão”.
ACIP repudia medida (...)»
(Fonte: Jornal Reconquista, 19-03-2009: http://www.reconquista.pt/noticia.asp?idEdicao=171&id=12530&idSeccao=1717&Action=noticia)